25 de novembro de 2008

Sentido de justiça, ou falta de altruísmo?


Em diversas altura da vida, paramos e damos conta que estamos a ser "vítimas" de enormes injustiças... porque demos, demos, demos e no fim ao invés de não recebermos nada, ou recebermos pelo menos uma valorização, acabamos ainda apontados como alvo negativo!!!

Acredito que quando damos, fazêmo-lo com prazer ou com o amor necessário para fazermos esse alguém Feliz, mas quando esse investimento psicológico, emocional, no fim, ainda se torna numa crítica... é simplesmente desmoralizante!!

Não falo das pequenas coisas do dia-a-dia, em que muitas vezes metemos a mão a pensar que estamos a fazer bem e muitas vezes metemos o pé na poça.

Falo de investimentos ponderados, pensados e repensados, investimentos de uma vida... pelos nossos familiares ou pela minha P. . Investimentos em que pensamos, como a valorização de relacionamento Pai-Filha, tão importante em casais separados que, se tem resultado, se deve a um grande investimento e perseverança da minha parte...e que no fim resulta simplesmente numa injusta avaliação da situação!

Se a injustiça actual se manifestar num futuro mais positivo dos intervenientes, continuarei a investir... não para colher frutos, apenas para não sentir que errei ou que podia ter feito de forma diferente! Continuarei a fazer o que acho ser o melhor!

P@pinh@

22 comentários:

  1. será que vale a pena investir?
    por vezes não!
    eu estou ligado a alguém que já desistiu na relação pai-filho porque chegou á conclusão que só ela se esforçava...
    só depende de ti a avaliação!

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  2. Vício,

    é uma boa questão, sem dúvida.
    Felizmente o investimento que tenho feito, tem tido alguns resultados positivos..e pela minha P. tudo... o pior é a falta de reconhecimento, levada até à crítica...
    Vamos indo e vamos vendo!!
    Beijinhos
    P@pinh@

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. “continuarei a investir... não para colher frutos, apenas para não sentir que errei ou que podia ter feito de forma diferente!
    Continuarei a fazer o que acho ser o melhor!”

    Há aqui, se me permites, duas abordagens possíveis,
    a 1ª, e mais importante, será sem qualquer dúvida a que está transcrita neste comentário, em cima.
    A 2ª é mais relacionada com a tua frustração pela não obtenção em pleno das tuas expectativas.
    A 1ª depende de ti e, enquanto que acreditares que fazes o que achas melhor para a tua P., assim deve continuar, é uma questão de bom senso e consciência de mãe.
    A 2ª não depende da acção do “outro”, ele nunca poderá ser responsabilizado pelas tuas expectativas, essas são tuas e és tu a única responsável por elas.
    Parece paradoxal, mas os outros nunca devem ser culpabilizados quando não atingem os objectivos que nós estamos à espera. Talvez as expectativas dele estejam plenamente atingidas (não faço juízos de valor neste comentário apesar de ter a minha opinião) apenas não coincidem com as tuas, neste caso podem ser bem mais baixas.

    Desculpa este exercício de raciocínio, não é para desviar a atenção da tua frustração de mãe atenta e com o coração na mão, mas tão só o domínio das tuas expectativas sobre esse “outro” na tentativa de que vivas suficientemente serena para que essa serenidade possa passar também para a P.

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  5. Paulo,

    Julgo que compreendi o que quiseste dizer, e concordo ctg, julgo é que não me fiz entender numa parte...

    Eu não tenho expectativas dos resultados dos meus investimentos, nem altas nem baixas, serão o que têm de ser. Custa é ser rebaixada por as ter...e muitas vezes não pelos intervenientes, mas sim quem vive a realidade ao lado..e aplaude os resultados positivos, apontando o dedo a mim, dizendo, viste é assim que se faz... e eu que me fartei de dar ao litro...sou reduzida a nenhum!!

    Beijinhos e obrigada pela partilha...é sempre bom reflectir!!!

    P@pinh@

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  6. Paulo,

    Por isso lhe dou o título de falta de altruísmo...talvez... Custa ouvir que os outros têm conseguido, com aplausos e foguetes... mostrando orgulho nos resultados, por parte de quem está ao teu lado e não percebeu que 80 por cento desses resultados, foram do teu esforço desmedido e sem precedentes!!!

    Beijinhos
    P@pinh@

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  7. Eu ligo no dia da criança como se tivesse sido o pai a tomar a iniciativa; eu convido o pai para os jogos de hoquei; eu convido para tudo o que lhe diz respeito como pai e convido também a nova mulher...e ele...não aparece! :)
    Conclusão: Se damos tudo o que podemos a mais não somos obrigadas, vale a pena investir, os pequeninos crescem e dão valor a isso ;)! És uma excelente mãe :)...só isso vale por tudo! Continua a ser tu que estás muitoooo bem!

    Abreijossssssssssssssss lindona

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  8. Afrodite,

    Excelente mãe és tu...que continuas a investir!! Eu também o faço, só não sei até quando... Talvez enquanto a minha P. não tiver consciência da realidade, eu continue a fazê-lo..depois passará a ser um esforço em vão, porque ela saberá distinguir quem e como... Mas como até lá...por ela tudo!!! Assim continuarei!!!

    Beijinhos minha kida
    P@pinh@

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  9. Papinha,

    Tu estás a investir na tua filha!
    Isso é o mais importante.
    Os resultados não serão para ti, serão para ela.

    Os louros, que se lixe quem fica com eles, porque tens de te centrar no teu objectivo, criar as condições para que a menina seja feliz.

    Acredita que mais tarde, ela vai perceber tudo.
    Como agora estás apenas a travar pequenas "batalhas", quando for a "avaliação da guerra", será ela a fazê-lo e, nessa altura, será ela a entregar a "coroa". Acredita que será muito mais gratificante ser ela a reconhecer-te.

    Bom, mas eu entrei aqui numa TRETA de conceito que não aprovo, ou seja, dei a interpretação de uma "guerra". Em meu entender, esse é um dos conceitos a evitar, para bem da criança.
    Deve existir acordo. No fim é importante que ela vos reconheça, não pelos gladiadores que puseram na arena todas as armas e forças numa luta por um ceptro, mas que foram os parceiros de um empreendimento que é ela.

    ´Não sei se foi perceptível o meu ponto de vista, mas foi feito à pressa.

    Tretices grandes para ti

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  10. Durante os primeiros anos da separação sempre tentei tapar as falhas dele, desculpar e arranjar desculpas para as ausencias dele, não por ele mas pela minha filha que não merecia, já bastava não o ver, para quê saber que ele não tinha aparecido pq n tinha vontade? E defende-lo e ainda encobrir foram sapos dificeis de engolir, mas hj penso que ainda bem que o fiz, hj a minha filha já é crescidinha, e ja percebe as coisas, e msm assim ainda hj eu o encubro, e se bem que nunca consegui compensar a ausencia dele, mas sinto-me feliz por ter tentado sempre que a minha filha sofresse o menos possivel com a situação, e hoje ela dá valor a isso.

    Por isso, e sempre pelo miudos, acho que vale a pena ir sempre tentando, e ir engolindo alguns sapos, pq mais tarde oa nossos filhos, que são quem importa no meio disto tudo, sabem reconhecer esse esforço.

    Beijokinha

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  11. Nada me deixa mais lixado (com "F" enooooorme) que injustiças...mas há que saber viver com elas porque, infelizmente, fazem parte da nossa vida....

    BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

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  12. Tretoso,

    Muito perceptível por sinal ;)

    Felizmente, e aí tem residido todo o sucesso do processo, nunca a minha a minha filha ouviu o que quer que fosse de negativo ou de relativa "guerra", e tenho em todas as minhas posturas o cuidado de não deixar transparecer algum incomodo, ou mal estar que por uma razão ou por outra possa existir! Essa é sempre a minha batalha... a da paz...
    A questão de reconhecimento, só magoa quando este vem da nossa própria família, o resto pouco importa!Sei bem que o reconhecimento virá, um dia , por quem mais importa! ;)

    Beijinhos
    P@pinh@

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  13. Minhoca,

    Eu sei que sim, e a força que vou tendo, é por sentir que estou a fazer o melhor, acima de tudo por ela!

    Beijinho enorme com a admiração que tenho por mulheres que travam estas lutas, sem olhar mais nada a não ser aos próprios rebentos!!!

    P@pinh@

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  14. Sadeek,

    Sem dúvida, temos que saber lidar com elas...e vamos aprendendo ao longo da vida!!! Isto foi mais um desabafo através da escrita!! ;)

    Beijinhos
    P@pinh@

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  15. Vale sempre a pena pelos filhos, nunca duvides disso.
    A Pão!

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  16. A pão,

    Sim sem dúvida!! Por eles tudo!!
    Beijinhos
    P@pinh@

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  17. Também concordo com o que algumas pessoas disseram nos comentários acima... Um dia a tua P. vai ver o que fizeste e agradecer-te por isso. Enquanto ela não tiver consciência das intrigas deste mundo, de relações em que uma das partes não faz o que deveria... acho que deves continuar a tentar. Mas mais importante, é exactamente o que disseste em último lugar: "Continuarei a fazer o que acho ser o melhor!".
    ;)
    Beijocas

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  18. Lize,

    É isso mesmo!!

    Um beijo enorme!!

    P@pinh@

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  19. Que se invista. Sem receios... os dividendos a retirar de um investimento emocional não é, certamente, o que os outros julgam!
    Não faça caso se não houver crédito, porque não é isso que se espera. Quando não sou reconhecido, lamento... mas não faço disso motivo para retrair.
    Perdoar é divino. Já a justiça, é algo que os fracos inventaram! Portanto, não esperemos por um acto de justiça certeiro, quando é o altruísmo que está em causa!

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  20. Nunca desistas de investir na relação pai-filha, nunca. Mesmo que leves pontapés, a tua p. nem note. E mesmo que o outro não queira a tua p. não queira, mesmo assim, sendo dificil investe. É dificil. No futuro a tua p. vai reconhecer e embora nunca te diga nada, num olhar vai-te transmitir todo esse agradecimento.

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  21. Alfmaniak,

    Sim tens razão...as minhas palavras são um desabafo, porque era incapaz de prejudicar a minha filha por orgulho ou mágoa! Ela primeiro!

    Beijinhos
    P@pinh@

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  22. Maria Papoila,

    Sei que sim...mas às vezes vamos abaixo... só temos qe ter força e olhar em frente!!!

    Um beijo grande!
    P@pinh@

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