12 de janeiro de 2009

Uma história de sobrevivência...



Julho de...

Os dias passavam, e a cada dia a distância tendia a aumentar. Os hábitos das brincadeiras e mimos constantes começavam agora a ser trocados por momentos de tristeza e solidão. O trepar para o sofá e luta pelo seu espaço no mesmo, tinha desaparecido. Ao invés disso, o fresco vindo por debaixo da porta da entrada tornava-se agora seu companheiro.
Os companheiros das suas brincadeiras antigas, dos passeios pelos pinhais, pela praia, das guerras com os brinquedos, das birras do menino mimado, tinham agora certeza que o seu Zack não estava bem.
Começaram então as corridas ao veterinário. Mil e uma análises, mil e uma perguntas e respostas....
Passava-se assim um mês de sofrimento e angústia, em que todos os esforços e corridas ao veterinário se repetiam semanalmente sem melhorias visíveis.

Agosto de ...

Num desespero profundo com o declínio diário do seu estado, Zack é internado com grandes dificuldades respiratórias sem explicação aparente. O clínico que o acompanhava depois de grande pressão dos seus companheiros, que não tencionavam desistir do seu Zack, indica um outro clínico que o espera pacientemente por uma hora para o poder analisar.
Surge então o maior dos medos de quem viu crescer um cão alegre, teimoso, mimado, brincalhão e saudável. O Zack estava à beira do seu fim, os seus pulmões estavam reduzidos a um ínfimo espaço que o liquido que envolvia os seus pulmões lhe tinha deixado. Tinha uma infecção extrema detectada com uma simples análise sanguínea, tantas vezes já repetida sem que lhe tivesse sido detectada. Um erro clínico que punha agora em causa a vida de um ser maravilhoso, o Zack!
Os seus companheiros sabiam agora que a esperança da sua sobrevivência era muito reduzida. Aqui começava a sua luta.
A intervenção começava de imediato, Zack era submetido a uma pequena cirurgia para drenar os impressionantes 2L de fluido que envolvia os seus pulmões. Zack podia agora voltar a respirar novamente. A cada dia que passava a alegria e força começavam a aparecer novamente. Zack tinha já começado a fazer amigos, escapava da sua jaula durante a noite, altura em que o rodopio diário acalmava no hospital, e ia ter com aqueles que tudo faziam para que ele voltasse a ser o mesmo, com tantas investidas, acabava por ser muitas vezes companheiro daquela hora de descanso intermitente dos senhores de bata branca que lhe davam carinho constante.
Após três semanas de drenagens e medicação diária, chegava finalmente o tão esperado dia, o regresso a casa. Mais do que o sofrimento físico, a força psicológica que o fez lutar durante dois meses, um luta interminável, faz dele um exemplo de sobrevivência que nos ensina o valor que tem, o facto de simplesmente existirmos.

ZACK A TUA EXISTÊNCIA É SIMPLESMENTE DIVINA

6 comentários:

  1. saia da jaula durante a noite? será que eram mesmo amigos?

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  2. Vício,

    Podes crer que é um doce e amiguinho!!!
    Beijinhos
    P@pinh@

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  3. Bem, alto cao!!!
    Os caes deviam viver até aos 200 anos humanos!
    Bj

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  4. Tagaxinho,

    São uma das minhas paixões...
    Beijinhos
    P@pinh@

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  5. é um bom pretendente para a minha LOLA!!!;))

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  6. Maria Papoila,

    Oh oh..tadinha da LOLA.... :D
    Beijinhos
    P@pinh@

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